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ME CHAMO AMOR!
Graça da Praia das Flechas
20 de agosto de 2007.
Meu querido
Custastes a me achar
Porque não vivo em qualquer lugar.
Sou deveras difícil
Quem me quiser
Paciência tem que ter
Até que eu resolva aparecer.
Andarilho foi
Por este mundo afora
Sem rumo, sem tino e sem hora.
Passastes por mim várias vezes
Mas, estavas cego
E não me reconhecestes.
Choravas qual menino
Pronto mesmo para um desatino.
Nada podia eu fazer
Pois tu és que terias que me ver.
O tempo foi passando
Tu pelo mundo vagando
Enganos e erros cometidos
Tu te foste
Tal qual do mundo banido.
Nunca praticastes crime nenhum
Pois Amar é uma qualidade
E não uma tremenda atrocidade.
Agora, voltastes triste e sozinho
Procurando feito louco
Por um carinho.
Vim, porque verdadeiramente
Por mim clamastes
Sou parte essencial
De tuas necessidades.
Não tenho tamanho
Idade, forma e nem cor
Apenas me chamam de
... AMOR!...
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