Levantar voo,
alçar as alturas, entre nuvens.
Quando o sol ausenta-se,
esconde-se, não fomenta calor.
Nas asas metálicas, da minha nave,
busco a liberdade, pairando no ar.
Alcanço correntes que me levam,
sentimentos que me movem.
Inspiro-me então, em voos e sobre-voos.
Sobre montanhas, cidades e sobre o mar.
Por maior que seja meu anelo,
de alçar alturas, continuo voando baixo.
Mesmo em vôos rasantes, quero voar.
Não importa que outros alcancem voos,
mas altos, meus voos, sempre serão,
os mais altos que posso alcançar.
E nesta trajetória que visei.
Voei onde quis voar.
Mesmo voando baixo.
Alcancei, o que quis alcançar.
Fadinha de Luz
Maria de Fatima Melo (Fadinha de Luz)