No remanso das águas a rosa se despetala
E o mundo pranteia a desolação de uma flor,
Incenso nobre que aromatiza a vida multicor
E inebria a natureza com seu perfume de gala.
Tênue brisa espalha seu odor na atmosfera enamorada
E os astros se beijam enfeitiçados em seu manto,
Suntuoso olfato que provoca volúpia em pirilampos
E massageia de amor a energia cósmica das estradas.
Fonte de beleza que orvalha o ósculo dos colibris
E assenta carícias no tapete virginal da primavera,
No caule desnudo do jardim uma nova rosa se espera
Para preencher o vácuo de um éter onde cantam os bem-te-vis.
Na correnteza das águas as pétalas se despedem do mundo
E novas rosas rompem o silêncio e surgem a cada segundo!