esta angustia
que me assola
me tortura
deserto de incertezas
duvidas soluçam
chuva parou
sol não chegou
onde estão as flores ?
escuro constrói teias
de afectos esquecidos
beijos demolidos
cheiro de ansiedade
sono banhado
em noites de saudade
sentimentos por acordar
dormem no tempo
manhãs acordadas em pó
sem saber que fazer
frágeis ponteiros do relógio
que se quebram sem dó
tempo parou futuro estagnou
e eu que sou ?
já não sei de mim
o chão fugiu.caminho no arame
onde me levará ?
tempo congelado..
angústia sentada a meu lado
fico.não vou a lado nenhum
espero.o regresso à vida..
a.silvestre