não vou parar de te olhar
a minha sorte das estrelas
para esse teu olhar de amêndoa e mel
sem nunca esquecer o que a verdade
me fez revelar ao descobrir as escolhas do verbo amar
mas em pleno deserto do ser
sem catedrais sem medinas
lá estava em altar vazio
o tesouro esquecido
por aquecer em teus verbos de ser
não caio em teus contos de encanto
por meios serenos de mistos mistérios
em voz sedutora
em foz de predadora
o caminho do teu verbo em meu sonho esquecido
e esse fogo de gelo que me queima
em todo o teu ser por meios de desfolhada angustia
em página em branco se torna
escrita por tinta de abelha
perdida no deserto do tempo
sem rumo
sem mundo
sem fundo
de fundo de fundamento
o que a sorte me fez nascer
e que o azar me faz sofrer
P de BATISTA