Asas do Vento
É nas asas do vento
que te encontro
velho e entristecido...
É nas asas do vento
que tu foges de mim
e te perdes no tempo...
É nas asas do vento
que me deixo partir
para não regressar
ao sítio onde te escondes...
É nas asas do vento
que um dia partirei
e farai dessa viagem
um voo sem regresso...
É nas asas do vento
que ouço o teu arfar
dividido em soluços
que não quero escutar...
É nas asas do vento
que escrevo os poemas
que falam só de ti
e que nunca vais ler...
É nas asas do vento...
porque o vento vai e vem
inconstante e perdido
soluçante e fugaz...
É nas asas do vento...
...
Foi nas asas do vento
que o desespero veio.
Maria Helena Amaro
Inédito, abril, 2000
http://mariahelenaamaro.blogspot.pt/2012/05/asas-do-vento.html
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