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Partilhando com a natureza.

 

Partilhando com a natureza.


Hoje o sol radiou pela janela dentro do quarto entre a preguiça e a vontade de nada vir a fazer, mas hoje é dia Santo, dia de descanso para estar com a nossa família.

Todos nós decidimos fazer uma caminhada pela linda represa e eu sou lenta, lenta demais, lenta e ávida de visualizar toda a beleza que me é ofertada pelo grandioso Arquiteto Universal.

Olhava o belo céu azul, de cor límpida, as aves voavam graciosas pelo majestoso lago, os mergulhões sempre ávidos de peixes, as garças ficam na beira do lago ao sol secando as suas belas penas, vaidosas, o branco das suas penas lembrava-me os grandes mantos de neve, dos invernos fortes, refrescando todo o meu corpo e a minha mente.

A graciosidade do seu pescoço, daquelas maravilhosas aves deixa sobressair toda a beleza das nuvens, no que no ar está pairando e com elas a tão chamada paz, aquela paz imensa que todos nós sentimos a paz que tranqüiliza o nosso espírito.

Parei em cima da ponte feita de madeira sobre o lago e vejo os casais de noivas tão engraçados, entre os seus vôos e entre suas brincadeiras cheias de pura alegria que os meus olhos estavam deixando fugir algumas lágrimas furtivas, pensando na maldade humana, na destruição destes belos lugares, verdadeiros santuários abençoados por Deus.

Incomodada por estes pensamentos negativos, expulsei-os agitando a minha mente em novas emoções, afinal a vida é feita de superações atrás de superações, o ontem já aconteceu, o hoje está ainda acontecendo e é tão belo de olhar para o amanhã será construído pela esperança do homem cheio boa vontade.

Eu fico por ali imaginando um mundo cheio de amor, repleto de paz universal que a minha alma transbordou plena de felicidade e era eu e a Divindade unida numa causa de amor, unida pela fraternidade do momento.

Sentei-me num muro, observando tudo o que me rodeava ali ninguém sabia o que minha alma sentia apenas uma criança pelo seu franco sorriso, ninguém sabia o conforto que eu estava ali tendo as recarregando todas aquelas energias que antes foram negativas, transformando-as em energias positivas.

Agradecida eu olhei para o céu e conversei com Deus, aquela conversa franca e justa em que todos nós a temos, quando guardamos um tempo dentro do nosso coração e naquele momento não coube espaço para os meus lamentos, para os meus pedidos e sim apenas para agradecer a divindade que existe em todos nós, aquela cumplicidade, que o mundo disponibiliza para mim, para ti e para todos que a queiram sentir.


Eu poderia falar em muito mais das coisas belas que eu vi por ali, todos aqueles passarinhos, felizes, são tantas variedades, tantas mesmo que eu vou falar dos patos, navegando sobre as águas tranqüilas do grande lago, quem sabe das corujinhas dormindo sobre os lados mais sombrios das arvores, dos pica-paus, dos gaviões e dos famosos abutres, eles também são filhos de Deus.

Porque não de todos os rastejantes, todos fogem deles, mas outros era de grande alegria de quem os apanhava, das formigas frenéticas e trabalhadeiras ou das libe linhas que voavam sobre as flores entre vôos rápidos ou as belíssimas borboletas entre as seus belos vôos angelicais e os delicados beija-flores deliciando com todo o pólen das flores silvestres.

É a vida pura, a vida em forma bruta a vida correndo nas nossas veias, nas veias do delicioso mundo, este maravilhoso mundo que todos nós vivemos e tanto fazemos questão em maltratá-lo e o devastar, poluindo, queimando e outras coisas mais...

Mas tudo isto amanha será o passado, pois o hoje será esquecido e o presente será guardado para dar lugar ao esperançoso futuro. O futuro somos nós que construímos.

Deste passeio eu guardei algo precioso, uma caixinha cheia de doces esperanças, com bombons recheados de muito amor embrulhados na fraternidade e a sua chave é feita de paz.

Não a deite fora, distribua mais caixinhas e construa um mundo melhor para si e seu semelhante.

Paz profunda!

Betimartins

www.betimartins.prosaeverso.net



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Betimartins
 
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