As letras se embaralharam,
Talvez muitas palavras tenham secado,
Talvez eu tenha crescido
Hoje critico esperando ser criticado e julgo esperando ser julgado.
Em anestesia com o vento,
Não importa mais o tempo
O presente é tudo
Porque um futuro não sei se teremos
Falar de amor,
Falar de dor,
Palavras de alguém que não viu sua plenitude,
Acabaram perdendo-se em si mesmas
Mas o que sinto é desejo e não amor,
O que eu sinto é orgulho ferido e não dor,
Não odeio,não amo,só calculo tudo,
Na esperança de fazer mais uma vez o circo pegar fogo
Ver alguém tropeçando no próprio orgulho me da prazer
Ver alguém engolindo das próprias mentiras me traz êxtase
As coisas fortes sendo confundidas pelas fracas,
As coisas sábias sendo confundidas pelas tolas,
Vejo que não sou tão grande
Veja que não posso fugir da inevitavel insignificancia
Porque todos são igualmente insignificantes
Ninguém levará nada no dia de sua morte
O que é existência?
Eis uma pergunta que cada vez perde mais o seu valor.