Digo eu que escrevo
Nas quatro folhas de um trevo
Um premonição de sorte...
E quase me atrevo,
Num desenho de fino recorte,
A desenhar-te donzela
Que de tão linda, tão bela,
Me pulsa de amor sério
Debaixo da lapela.
Isto sai-me quando...
Levanto os braços
Mais alto que os abraços
E me lanço, todo doidivanas,
Às cavalitas do céu
Para correr atrás de sóis
Com dois olhos girassóis,
E te dou o peito que é meu
Para que seja teu...
Depois...
Recortas-me de uma nuvem
Que piso descalço, mesmo sem pés
E subtrais-me da coragem
Que me foge em todas as fés,
Para renderes o teu coração
Pelo meu... palpitante de emoção.
Valdevinoxis
A boa convivência não é uma questão de tolerância.