Vai pela vida fora
com o teu riso
de criança irrequieta
Vai pela vida fora
mas não fiques parado
sentado na valeta
Vai pela vida fora
com uma chama nos olhos
e nos braços
o violino escolhido
Dança
canta
toca
grita
revolta-te
ama
sê tu mesmo
Vai pela vida fora
desprende o barco ancorado
na margem do riacho
Vai
mas volta sempre
Regressa
ao sonho interrompido
Vai, vai pela vida fora
Se encontrares a lua no
caminho
pede-lhe a aurora
Se encontrares a noite
na estrada
pede-lhe sol
Mas, se nada encontrares
regressa
ao ponto de partida
pois foi aí
que começou a Vida!
Maria Helena Amaro
Inédito, agosto, 1999
http://mariahelenaamaro.blogspot.pt/2012/05/momento-ii.html
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