Longe dos "Sopradores"...
Sob a Lua prateada
Ergue, a coragem
O cavaleiro vate trovador
Ou seria apenas, um impostor?
Um simplório jogral, versejador, mero filho de pagem
Temeroso... mas, firme na jornada...
Cujo intento, sobrepujar os "Doutores"...
Com a Alma embebida
Submersa, na ânfora do destino
Vela à distância... sua meiga donzela!
...Na torre fecunda do castelo...
Erige forças, à luta; e profliga como um martelo!
Ora! Este errante menestrel, não vive sem ela
Afina o seu instrumento pequenino
Mas, exacerbadamente capaz para à caminhada...
Ecoa, as notas do bardo
De batida em batida, infla o seu coração!
Mas, ainda tem que vencer a batalha contra a fera
Dos dragões rubro e o esmeralda, em ação...
Seu cantar... bombeia, sua emoção!
Na arena do "Athanor", sente-se, o aroma da primavera
É constante a ebulição...
E o calor, dos versos do mestre apaixonado!
Canção... canção... eta, canção!
Desliza suavemente, pelas notas da perfeição!
O esforço na escalada do muro retentor
Não, desanima, o heroico sonhador...
E, ao cair no horizonte, o crepúsculo
Será consumado o glorioso espetáculo
Onde será, anunciada a vitória!
Do Cancioneiro e sua mais notável glória!
Donzela! Donzela!
Espera-me, salvar-te-ei...
E do cimo desta torre te resgatarei!
Mesmo, que tenha, que galgar às nuvens...
Te presentearei, com um ósculo... de desejo!
...E vencerei, como na "Canção da Ribeirinha"... pois, tu, eu almejo!
Não arredarei pé, dessas paragens...
Serei nobre... se comigo, tê-la!
No solstício...
Ou no equinócio...
Minha canção navega longínquos mares
Para dar testemunho, de minha profícua coragem!
Das misturas intrínsecas... dos incríveis sabores...
Das pranchas enigmáticas, de minha paixão! Por ela...
Do feito; desse jovem amante, por sua bela donzela
E da canção mágica, oriunda do coração, nessa formidável viagem!...
Hernandes Leão
Enviado por Hernandes Leão ao site brasileiro: Recanto das Letras, em 12/05/2012
Código do texto: T3664542
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