Ainda bem que ontem não desisti de publicar aquélas 3 quadras, pois assim tu aqui vieste e me deste o «empurrão» para este poema. Sim, este poema nasceu graças a ti e por isso tu também tens parte nele!
Obrigada por seres assim, querida Fátima, ums pesssoa frontal e direta que dizes o que sentes doa a quem doer. E os amigos também servem para isso mesmo, para dizerem as verdades nuas e cruas e não só para colocarem «paninhos quentes» e não quererem magoar.
Sabes, tenho um livro de poesia, de vários poetas estrangeiros, traduzido pelo grande poeta que é o António Ramos Rosa, e que é da editora «Quasi» e cujo título é «Voz Consonante» na mesinha de cabeceira há que tempos e de onde só ainda li muito pouco. Mas agora vou ler o livro todo, pois eu sei que a leitura faz muito bem e é essencial para uma pessoa aprender, progredir e escrever melhor. OBRIGADA POR ESTE EMPURRÃO AMIGA QUE SEMPRE ESTÁS NO MEU CORAÇÃO.
Aqui deixo um poema muito belo que vem também na contra-capa do livro e que é do autor Michel Camus (1929-2003)
"Nenhum amor cabe num só corpo
ainda que as veias abarquem o tamanho do mundo;
sempre um desejo fica de fora,
outro soluça e contudo falta.
Sabe-o o mar no seu lamento solitário
e a terra que busca os restos de sua estátua;
não basta um só corpo para albergar as suas noites,
algumas estrelas ficam fora do sangue.
Nenhum amor cabe num só corpo,
ainda que a alma se aparte e ceda espaço
e o tempo nos entregue as horas que retém.
Duas mãos não nos bastam para alcançar a sombra,
dois olhos vêm apenas poucas nuvens
mas não sabem onde vão nem donde vêm,
que país musical as une e as dispersa.
Nenhum amor, nem o mais fugidio, o mais fugaz,
nasce num corpo que está só.
Ninguém cabe no tamanho da sua morte"
VOTOS DE MUITO SUCESSO E FELICIDADES,
E ABRAÇOS SIDERAIS
DA AMIGA AO INTEIRO DISPOR,
MariA CotoviA«*+*»
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