Foi o vento que espalhou pela cidade inteira
todo aquele odor cadavérico, tão nauseante.
Era quase impossível respirar, não havia barreira
que impedisse de espalhar o odor sufocante.
Era impossível não ver aquelas carcaças na colina,
e lembrar que é frágil ao que a vida se destina,
também constatar quão fatal é a morte, bailarina
que dança entre corpos a vista de aves de rapina.
Bateu o vento nas janelas lembrando aos moradores,
que eles ainda tinham vida, mantinham a essência,
o vento trouxe as lembranças das forjas de horrores.
O cheiro pútrido pairava ao longo de toda a cidade,
fez lembrar a todos que a morte opera sem clemência
não escolhe quem abate grassando assim sem piedade.