Magoado, espancado, dorido,
Ninguém podia dizer o que senti,
Estava irreconhecível para mim mesmo.
Vi o meu reflexo numa janela,
Nem sabia que era a minha pessoa
Nem conhecia o meu próprio rosto.
As minhas cicatrizes deixavam de ter significado,
O passado? Eternamente esquecido,
Agora que tinha sido rejeitado.
Andei pela avenida principal,
Passeio duro, sem dar tréguas,
E as vozes dos amigos perdidos,
Colocaram a noite sobre mim.
A noite caiu e eu continuo a mentir,
Aos poucos vou desaparecendo,
Libertando-me deste pesadelo
Que me encontro a viver... nas ruas da vida.