Queria que quando lesse essa missiva
Que escrevo com lágrimas nos olhos
Entendesse que a messe está inativa
Para as poesias que eu tanto adoro.
Fechados estão agora todos os espólios
Chegou o inverno rigoroso e um tanto frio
Gelando o meu coração, meu mar e meu rio
Que eram de líquidos balsâmicos e caudalosos...
As portas dos palácios estão com cadeados
Os montes arredondados e azuis, adormecidos...
O meu peito de quatrocentos cavalos calados
Está povoado de vestígios, de vários resquícios...
O fogo se apagou...
Se foram as substâncias melífluas,
As odorosas e as outras delícias
Hoje outro eu sou...
Queria que interpretasse as entrelinhas
Reconhecendo-se na mais sutil palavra
Que soubesse que de todas as maravilhas
O nome seu era o preferido na minha lavra...
Queria que quando lesse essa missiva
Que escrevo com lágrimas nos olhos
Entendesse que a messe não está extinta
Apenas se afogam nas lágrimas que eu choro...
Gyl Ferrys