Cansei-me da viagem
por esse rio sem margem.
Esmaga-me a bagagem
e se esvaie um resto de coragem.
Suga-me a moagem,
peça da engrenagem,
vivo minha personagem.
Busco outra paragem,
mas a rigidez da friagem
impedem-me nova hospedagem.
Cerradas, as portas da Estalagem
indicam-me um leito de serragem
para buscar outra miragem.
Tosca e sem forragem,
qual espinheira selvagem
embalada em saco de aniagem.