Sonhei que estava no Saara
Tamanha a solidão que me consumia,
Devaneio em ritmo de ousadia
Que meu incauto inconsciente desafiara.
Minha vida parecia um continente vazio
Destarte imaginar-me numa imensidão,
Mais deserta era minha desmedida imaginação
A impulsionar-me por caminhos arredios.
Vi-me deglutido por dragões famintos
Em cujo fogo havia insondáveis labirintos
Por onde perambulei insano e assaz desnudo...
Despertei em meio a uma tempestade de areia
Que me transformou o cenário de uma ilusão cheia
De tapetes persas, ouro, prata, simplesmente - tudo!