Amo teu retrato que há em mim,
Em teu sorriso deposito meu beijo,
Tu és meu amor ímpar e derradeiro,
A flor virginal que se abre em meu jardim.
Em tuas pétalas há carícias e lantejoulas
E em teu aroma a ternura me embriaga,
Teu jeito é meiguice que me afaga
Envolto pelo fogaréu de tuas madeixas louras.
Em meus lábios sequiosos a paixão viça
Por teu corpo desnudo que sobre mim se espreguiça
E me provoca uma explosão de carentes desejos...
Endócrino anátema me faz por ti delirar
Endossado por uma combustão cuja sanha é o amar
Diante da volúpia hedionda que me produzem teus beijos!