(Aquela que meu pai plantou...).
Velha árvore da minha infância,
Braços senis, trêmulos, erguidos,
Estática como um crente,
Soturna, em seus íntimos gemidos,
Que erram dentro da noite.
Velha árvore de orgulhos já distantes,
Quando rija encarava o vendaval de frente,
E peneirava raios de sol bem finos,
Por entre os seus galhos imensos,
Porém no frio invernal de julho,
O vento norte de súbito ribomba,
E ela humilhada, vencida, se curva,
Ao peso colossal de tanta vida.
Estala, hesita no ar,
Desequilibra e tomba.