Nariz, ai, meu nariz, Como falam mal deste nasal que é tão normal, Ouço diariamente muita gente infeliz, Dizer que ele é maior do que a miséria do país, E que ele é maior ainda que o Pelé, Dizem até que é maior que o busto da Lolô, Maior ainda que o sorriso do Nonô.
Nariz, ai, meu nariz, Vende-se este apêndice ou então se dá de graça, Pedùnculo antiestético, grosseira massa, Que nada tem de belo ou de poético, E é uma desgraça o dito cujo narigão, Ao qual só há uma solução, que é drástica, Preciso urgentemente de uma plástica.
Perdão, Senhor, perdão, Perdão pra tal narigão que é a sensação mais atual, Porque se ele caísse um dia ao chão, que dramalhão, Causaria a hecatombe universal.
Nariz, ai, meu nariz, Ria o mundo imundo, não faz mal, eu sou feliz, Não sabem o porquê desta felicidade, A minha personalidade está neste nariz, Que além de lindo, é um romântico sensual, Pois toda vez que beija a namorada, idolatrada, Quem chega na vanguarda é o meu nasal, E ponto final.