Transvergindo* o tempo primordial,
Face do ocaso na imensidão que se tem,
A poeira se assenta, gases voláteis,
Um eco temporal sopra uma brisa,
Suficiente para animar a festa, correria,
Por toda a vastidão, emergem acelerando,
De cada colisão, só faz aumentar a junção,
Um frenesi profano até surgir no caos
Um ponto maior & mais abrangente,
De repente, tudo converge abrangente,
Até transformar-se na primeira explosão,
Tamanha força de retorno a digladiar-se
Em seu empuxo libertino & magnético,
Leva de arrasto quem atrasado chegava,
Na resistência de uns com a voracidade de outros,
Remodelam-se as estruturas & conceitos,
Onde nada é plano, seja qual for à direção,
Condensa, expande, torna a chocar-se,
Refrata, esfria, aquece, nova corrida,
Descansa, dividi-se, mais partículas,
Não há corda que segure por tanto tempo,
Estigma ou enigma eletrizante, atávico,
Depois que o pavio foi aceso, inundou,
Cristalizando cada molécula em força,
Em novas matérias, massas & energia,
Quem sabe, terminando onde começou,
Para como a Fênix, reacender novamente...
Tudo isso faz da vida apenas uma fração!
Peixão89
*Transvergindo por osmose transmigrante.