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Ode ao Ódio

 
Ouve as minhas gargalhadas quentes
Por esse teu corpo morto e frio.
Sente em ti esses pensamentos dementes,
Dos meus braços envoltos pelo teu sangue,
De meus dedos que sufocam teu ser.

Abraça-me com carinho enquanto minha mão
Aperta-se sobre o teu peito, arrancando-te
Aquele coração doente que tanto querias fora de ti.
Geme em mim, perde-te pelas letras do teu último folgo.
Aquece-te na escuridão que te cerca agora,
Ouve a última voz que te chama,
E te embala na magia do inferno fenomenal.

Grita por mim, enquanto te esfolo.
Grita por paz, enquanto morres na minha mente.
É um sorriso que se faz quente,
Aos segundos que se esbarram por mim.
E eu te vejo, passando pelas ruas…
E minha vontade de matar-te cresce,
E aquela outra, de manipular-te…
Oh, essa sim!
Essa vence… Sempre vence!

Nas horas em que fervilha o meu ódio por ti.


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Autor
SofiaDuarte
 
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Enviado por Tópico
HelenDeRose
Publicado: 06/05/2012 01:45  Atualizado: 06/05/2012 01:45
Usuário desde: 06/08/2009
Localidade: Sorocaba - SP - Brasil
Mensagens: 2028
 Re: Ode ao Ódio
Escrever sobre o ódio parece fácil para alguns, como parece fácil escrever sobre o amor. Entretanto, há uma diferença quando passamos para a escrita o que sentimos de fato. Na leitura da sua Ode ao Ódio senti na pele esse ódio, até um arrepio nasceu em mim.

Muito mais intenso quando declamado em voz alta.

Ótima noite, Sofia.

Helen.