Eu não sei se sei quem sou.
E ao sondar de mim mesmo não entendo o que faz sentido.
Eu não sei por que tenho atitudes, inexplicáveis
ou estranhas que mostram o óbvio de mim para todos
mas nunca defini o meu eu para eu mesmo.
Executo atos que realmente parecem ilusões passando por sobre nuvens de pensamentos.
Desapareço e resgato meus desejos escondidos e
sem a intenção de uma dupla visão, me sinto intocável, indestrutível, porem, quanto mais eu penso em alguma coisa, mais fico longe de sua perfeição, ate parece que assassino o interior
do fantasma que esta dentro de mim.
Ofegante e de espirito livre apago da mente
as ilustrações de uma fantasia que desenha um caminho desconhecido bem próximo da minha realidade, porem muito longe das minhas vontades.
As vezes zumbi apenas paro no tempo e me entrego a espera sem pressa, que com todo o tempo do mundo,
apenas estaciona todos meus sonhos me entregando
uma mente vazia com mãos solitárias, assim sou enterrado vivo com um sorriso no rosto.
Meus olhos se alimentam dos brilhos que muitas vezes ofuscam me deixando sedado o suficiente para não fazer nada, quando na verdade tudo que quero e fazer tudo sem nunca parar.
Um auto golpe de misericórdia, alastra as dores despencando na alma o som da angústia, me entregando a loucura, uma razão a mais para eu poder acordar e mesmo sem me conhecer ou me entender, apenas continuar a caminhar entendendo que minha loucura nada mais é que minha plena lucidez.
Lucidez de um louco
By lcdasilva
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