A voz que brada, já abafada,
magoada pela saudade,
que fere como espada,
lâmina aguçada,
que vai ceifando alegria,
vai cortando fantasia.
Na saudade, a vontade
que a ilusão dure uma eternidade...
Em cada noite passada,
em cada madrugada,
uma esperança
de que o amor não se acabe.
Então, radiante, adiante,
segue avante,
errante mas confiante,
querendo na paisagem
sem como uma miragem ,
e aparecer, depois sumir
ao tempo não resistir.
Assim somente viver fugaz
e num segundo
trazer toda alegria do mundo,
e depois desaparecer
para nunca mais voltar.
" ...descrevo sem fazer desfeita,
meu sofrer e meus amores
não preciso de receita
muito menos prescritores."