Sentes uma escravidão nos sonhos das palavras ditas, mas não sentidas …
Ficam os escritos das memórias que exalam do pensamento sonhado de um poeta … Dos momentos que eternizam a vivência do seu ser; de alguém que busca sem cessar a felicidade e o amor, mas que esbarra numa barreira invisível de realidade!
Crueldade? O que visualiza nos seres cujos sentimentos aflorados se encontram esquecidos no tempo e mortos para o amor. Adormecidos, alertados apenas para a autossustentação do eu, para uma busca prazenteira banal, desprovida de conteúdos.
Que pode querer o sonhador senão buscar o paraíso ainda que inexistente, que apenas reside no imaginário profundo da sua mente? Divagações pontuais de amores eternizados nas idealizações de um ínfimo pensamento que aos olhos de um coração receoso parecem delírios de um qualquer demente, que se sente gente!
Louco? Sim! Sou louco e depois? Que graça tem a vida sem um raio de luz. Sem os seus raios o sol morre e o sonho definha. Quem não busca o sonho tão cobiçado, morre lentamente, provando a pedra fria da sepultura ainda que em vida. Quem não sonha não nutre a alma, nem a liberta do limbo de uma qualquer triste realidade.
São os sonhos meras divagações? São palavras pensadas, libertadas ao sabor de uma ventosa tempestade de sentimentos. São alimentadas pelo estado de espírito de todo o ser, que extravasa da boca as palavras proferidas por um mero sonhador que procura sentido para a vida … a sua!