A jovem prostituta
vocifera outro insulto
e segundo o paradoxo
em que vive, gargalha
enquanto o desnudo corpo
de mortalha se agasalha.
O jovem traficante
olha de soslaio
e gira seu balaio,
talvez sentindo o horror
do baque que não lhe cabe.
Coisas da noite.
Vozes do Mundo
que chamam de sub,
como se o Outro
pairasse a parte
desse quadro sem arte.
Andares acima,
resta-me ouvir
e torcer para não existir
as coisas do Mundo,
nas vozes da Noite.