A principal tarefa da filosofia é procurar compreender o sentido
de nossas
dores e medos e, assim, nos libertar da sua influência. É iluminar os
caminhos de nossa alma que foram contaminados por convicções infundadas,
desejos descontrolados, preferências e opções de vida questionáveis que
não são dignas de nós. E o principal antídoto a tudo isso é um
auto-exame
minucioso aplicado com bondade.
A verdadeira filosofia é, portanto, a arte de viver bem a vida.
A felicidade, que é a nossa meta, costuma ser confundida com
prazer ou
lazer experimentados passivamente. Este conceito de felicidade só é bom
até certo ponto. O único e precioso objetivo de todos os nossos esforços
é uma vida em expansão no caminho da plenitude.
A verdadeira felicidade é o desempenho contínuo, dinâmico e
permanente de
atos de valor. A vida em expansão, cuja base é a intenção de buscar a
virtude, é algo que improvisamos continuamente, que construímos a cada
momento. Ao fazê-lo, nossa alma amadurece.
Nós nos tornamos filósofos para distinguir o que é realmente
verdadeiro do
que é meramente o resultado acidental do raciocínio incorreto, das
avaliações erradas adquiridas de modo imprudente. Precisamos nos entregar
a uma introspecção disciplinada, na qual realizamos exercícios mentais
para fortalecer nossa capacidade de descobrir quais são as convicções e
os hábitos sadios e quais são os prejudiciais causados pela negligência.