Porreiro e Casto era um menino
De rosto rude e corpo franzino,
Que apesar de acólito
Adorava Belzebu e sardinha assada.
E Bate-m-Uma, que tinha uma pinta danada,
Elabora um plano insólito
Para expor a vida clandestina
Que Porreiro e Casto levava.
Bate-m-Uma espalhou sardinha
Pela rua do Porreiro e Casto,
Que ao assistir a tão devasso
Esbanjar do marítimo alimento
Ficou num estado iroso,
Invocando as forças do Tinhoso.
E toda a comunidade local
Se revoltou contra o menino Porreiro,
Que até aí parecia angelical
Mas era do Demo um mensageiro!
Bate-m-Uma ficou muito contente
Pela sua audaz perspicácia,
Mas sem estar consciente
Da grande guerra de falácia
Que o astuto Porreiro-tinhoso
Havia contra si armado!
E Bate-m-Uma foi atacado
Pela cadela Lassie do filme
Quanto o satânico piroso
Se ria alto e firme
De mais um caso de incumprimento
Do Decreto-Lei 312/2003.
Bate-m-Uma teve um fim lento,
Podia ter sido um de vocês.