Soaroir Maria de Campos – Campos dos Goytacazes – RJ, 1947. Tem nove antologias de poemas publicadas, dentre elas, Leguleio (2007) Os Mudamentos (2008) Versos Verdes Fritos (2009) e o conto O caso da Bolsa de Vime (2009). Foi coautora do conto O Mistério do Texto Roubado – Imprensa Oficial do Estado de São Paulo (2008) Faz parte da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores, Poetas Del Mundo e Recanto das Letras. Site: http://www.pote-de-poesias.com/ Blog: http://pote-de-poesias.blogspot.com.br/E-mail:soaroir@yahoo.com
Soaroir de Campos Biography: Soaroir de Campos é Brasileira e natural de Campos dos Goytacazes. Aos 15 anos mudou-se com a família para a cidade do Rio de Janeiro e depois Nova York, posteriormente se radicou na cidade de São Paulo onde reside há mais de vinte anos. Professora aposentada e mãe de dois filhos cientista, Soaroir de Campos divide seu tempo entre trabalhos voluntários e suas despretensiosas poesias. Já participou de várias antologias e em 2008 seu poema "Os Mudamentos" recebeu o prêmio da Associação Cultural Cecina Moreira na categoria poema livre. Entre outros, é co-autora do "Livro de Todos" - Coordenação Imprensa Oficial- obra desenvolvida com capitulo inicial de Moacyr Scliar e 172 coautores selecionados - 2008.
Soaroir de Campos is Brazilian, from Campos dos Goytacazes. At age 15 she moved with her parents to Rio de Janeiro and then to New York, subsequently settled in São Paulo where she has been living for over twenty years. Retired teacher and mother of two scientists, Soaroir de Campos divides her time between volunteer work and her unpretentious poetry. She has participated in several anthologies and in 2008 her poem "Os Mudamentos" was awarded the Cecina Moreira Cultural Association prize, on the category “free poem”. Among others, she co-authored "Livro de Todos" with 172 other authors – coordinated by Imprensa Oficial with introductory chapter by author Moacyr Scliar.
As sementes do tempo Soaroir 28/4/2012
Introdução
O pensamento não se submete a cárceres Nem o sentimento à tabela periódica E a poesia, coitada, não é versada em lógica. Só os poetas, estes tontos, dizem o que precisam dizer...
Parte I
Se baratas não têm cérebro E sobrevivem as intempéries Vou deixar a fragilidade E de acusar o destino. Casca grossa eu já possuo Antenas por aqui não faltam Só me resta é avoar; Mudar um pouco de ralo E do cheiro deste esgoto; Da merda do povo de cima Tanto quanto do de baixo; Da lixeira no pé da escada Exalante pelo (meu) basculante; Das prostituições no entorno... Socorro! Socorro! Que eu não me acostume com o lixo! Podia ter sido diferente... - E por que não foi? Falta de instinto? - Não sei. Foco, talvez Discalculia...
Amor sensual Soaroir 3/8/10
Do fundo do coração Amor se espalha Do colo ao ventre
Vai além Toma corpo
E aderência Com salivas e sêmens Nos hiatos da pele
Se rio ou vertente Soaroir 01/10/2010
(Como um rio...)
nunca fui rio – nem contornei as pedras imagino ele como eu com saudade de ser alegre ânsia pelas boas cheias do curso d’água sazonal ou fortuito
expectativa das chegadas tristeza de um só copo entre a multidão dos utensílios e um piano fechado...
silenciosa habitação falta o cheiro dos ensopados... logo eu que agasalhei as pedras
lágrimas da terra... choradas pelas ribanceiras derramadas do leito ao mar