Morro num fim de tarde
Sem azul,
Sem sol,
sem luz,
sem água.
O suor cobre,
a face vencida,
de cansaço.
Morro um fim de tarde
Se consomem
As últimas gotas
de uma vida rota
Quer seja,
do pranto
que não derramei,
Quer seja,
da chuva,
que já passou.
Morro num fim de tarde.
Renasço amanhã, sem alarde.
AjAraujo, o poeta humanista, escrito em dezembro de 1975.