Debruçado sobre pilares que encantam,
Desperta o mancebo na primavera orvalhada,
Dedilha ao violão melodias para sua amada
E toca da sinfonia em que os amores despontam.
A canção comove uma dinastia de sabiás
Que enredam em seu canto acordes de amor,
Colibris e bem-te-vis também sibilam em louvor
De uma orquestra afinada que entoa hinos de paz!
O mancebo rende-se à harmonia do tom natural
E deixa aos pássaros a execução do divino musical
Num concerto que deveras envaidece a natureza...
Tímpanos aguçados a um recital de luz
Acoplados a uma sensibilidade aeróbica que seduz
Numa plástica ambiental cheia de magia e beleza!