Conceituar temas subjetivos é mergulhar na areia...
Numa cosmovisão aerodinâmica de sua realidade,
Céu e inferno são estágios empíricos da consciência...
Ciência e religião se fundem num amplexo paradoxo
E trazem apenas vestígios de hipotética veracidade
Que navega submersa no solo gretado da imaginação.
Se além do horizonte há um universo paradisíaco,
Tudo o que há antes da linha demarcatória é trevoso,
Na verdade caminha-se pela esteira do que é duvidoso
Permitindo-se que a ilusão desenhe o que é zodíaco...
Céu e inferno não são o que se pintam diante dos olhos...
Tem-se no mundo apenas a superfície de ambos os lados,
O teor dessas profundezas é enigmático e insatisfatório...
Convém não trilhar pelo que parece deveras peremptório
Para que não se tenha a loucura como óbvio resultado!