À margem, porque?

Nossa, que maravilha poeta, adorei suas respostas, deu uma completude às minhas indagações, este poema escrevi apenas o primeiro verso em duas diagonais desenhadas em uma folha de papel no meu tempo de estudante de medicina, ao observar uma cena de uma pessoa caída, após uma crise epilética, em pleno centro da cidade. Vi a pessoa se debatendo e já sangrando o lábio e todo mundo perplexo sem ação, corri e com um lenço imobilizei a língua e pedi ajuda a outros dois transeuntes, ajudamos a pessoa até que chegasse a ambulância do antigo SAMU.
Ao chegar no pequeno quarto do alojamento dos estudantes, pensei na cena e fiz dois rabiscos diagonais (conservo-os até hoje comigo) e escrevi: Porque todos margeiam?
Hoje revisitando meus textos de juventude completei com outras indagações.
Obrigado pela visita, pelos belos comentários. Abraço fraterno, bom feriado.

Olha que interessante a nossa fruição: tu estavas centrado numa situação e eu escancarei numa vertente [metida às filosóficas indagações]. Mas o mais curioso é que no final, é tudo isso mesmo. Tudo permeia pelo medo de sermos "contaminados".
Obrigada pela resposta.
(Abraços)
Lápis

Poxa, muito obrigado Alfredo, gostaria que lesse o que acabei de escrever para o comentário do poeta Lápis sobre a história destas pequenas divagações, mas tão necessárias.
Obrigado pela visita amigo. Abraço fraterno, bom feriado.