Poemas :
Espiando as peladinhas pelo telhado
Espiando as peladinhas pelo telhado
(Mauro Leal)
Preocupado tanto temia que um dia aconteceria
pois nas saídas da minha querida e inocente tia
de binóculo e tamborete pelas noites estreladas no telhado meu primo se escondia,
espiando as vizinhas pelos cômodos que acendiam,
e como hélice e giroscópio se movia, rodava e torcia
para o melhor ângulo encontrar,
eram tantos mas tantos remelexos por desejo,
que a tia ao adentrar ouviu que do alto algo estranho estava a se arrastar,
inquieta, no sapatinho de veludo pelos degraus ela foi bisbilhotar
e por trás já avistara a barraca com a luneta no tripé armada.
Espantada e descontrolada, esbravejou,
tamanho foi o susto que do banquinho com o instrumento o espião rodopiou e esborrachou,
- ah! tão bonitinho seu tarado-safadinho! olhando as donzelinhas passando peladinhas.
Surpreso e comovido assim ao primo deixo escrito:
- O tutano seu moço teu osso logo logo colará
mas quando às "santinhas" voltares a espiar,
antenado nas pisadas macias da ligada e "bolada" tia,
deverás mais que nunca atento estás
pra evitar despencar e os óculos, binóculos e a tíbia repartidos não voltarem a ficar.
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