VINTE E UM
(Jairo Nunes Bezerra)
Acordei mais uma vez sob transitar de carros,
Que céleres se ultrapassam na avenida...
Rajadas de ventos frias entram com descasos,
E sinto prazer em vez de desdita!
Vivo outro dia nesta capital colossal,
Onde a natureza se manifesta a cada momento,
Através do verde que já é expoente natural,
E dos passarinhos livres, voando em regimento!
Hoje Vinte e um de Abril, um grito de liberdade!
Em que Tiradentes, mártir em plena idade
Sucumbiu no afã de dias melhores!
E eu, relutante ante a sonolência que me atua,
Até fujo da festividade na plenitude da rua,
E volto para os lençóis!