Para Gabriela, ninfa das areias sob um sol abissal
De braços abertos
Você corre de encontro ao vento
buscando um infinito sem destino.
O sol brilha em seu rosto,
aquecendo também seu coração.
A brisa suspira em seus cabelos,
soprando cálida como a acariciar.
A areia coloca-se a seus pés,
deixa-se pisar encantada,
com a cumplicidade do mar ao fundo.
E de repente,
a brisa do mar
toma-lhe o ventre,
rodeia as ilhargas,
alisa os seios pequenos
e seu rosto vem beijar.
Invejo o vento do mar,
que acaricia seu corpo,
seduz e agrada seus sentidos,
e sem pudor apalpa seus seios,
beija seu rosto e revolve seus cabelos
De arrebatada figura,
sou altivo, sou forte,
não carrego lutos e mágoas,
até um dia enganei a morte,
na sua faina de colher almas
e renasci.