Há olhares amofinados
Arredados
Do único ponto
Onde toca a Luz
Efémeros os gestos
E os olhares que se tocam
Sem a nudez da alma
São de muito longe
Estes cativeiros
Lembrados ainda hoje
Sempre que se abrem
E fecham cegamente
Ao encontro
De um qualquer ponto
De passagem
(2009)