Qualquer coisa de indistinto
Num raio de sol de penumbra
De escombros súbitos,
Escolhos entrelaçados
Que toldam a visão de infinito a que tenho direito.
Sem saber ou ser num debruado de castelos
Onde as ameias são janelas entreabertas à consciência
Que devia doer na solitude de ser sem existir.
Não há principio nem fim em mim,
Só a continuação da muralha castelar
Sem torres nem vigias,
Só ameias até perder de vista.
Dói-me tanto o rigor de inverno em primavera de verão anunciado.