Quanta porta passarela
Alacridade com vigor
Não passa da mera vontade
De ser feliz sem ter amor
Quando chia uma antiga rádio
O folhetim já está nas ruas
E com noticias encantado
O homem lembra a ternura
De um passado inocente
Passado à vida madura
Mesmo sonhando displicente
Não ultrapassa por sua conduta
Os anseios do pobre rapaz
Que desiste e logo muda
Quando tendo encontrado a paz
A estraga noutra desnuda
Mantendo à parte a si próprio
Se escondendo furtivamente da verdade
Desviando-se a mente do seu opróbrio
Finge estar certo
e sem ter o que é correto
finge felicidade.