Poemas -> Reflexão : 

APOCALIPSE (O POEMA INDESEJÁVEL)

 
APOCALIPSE (O POEMA INDESEJÁVEL)
 
... Ainda há pouco ouviram
(os que se debatiam, agonizantes em meio aos escombros),
grande explosão nas nuvens.

Depois, a sucessão interminável
de estrépitos menores no solo em estertores.

Da mais temida tempestade
as derradeiras luzes
vergastam, vigorosamente,
a crosta planetária.

Exibem para os sóis na Imensidade
o horror do grande ocaso,
o imenso caos.

Por fim, instaura-se, lenta,
a mais negra e pesada das noites.

Frio terrível.
Estranhos odores
alastram-se aos uivos do vento da morte.

Assim,
a interstícios,
domina
o silêncio.

Absoluto.

Não mais o pulsar do tempo.
Nem uma luz peregrina
no imenso e profundo abismo
que os mais aptos
filhos da vida
chamavam de Terra...

22 de abril de 2012 (DIA MUNDIAL DA TERRA)
(Da coletânea "Estado de Espírito")



Sergio de Sersank
Visitem meu blog literário "Estado de Espírito"
http://sersank.blogspot.com

Comemora-se na data de hoje, 22 de abril, o DIA MUNDIAL DA TERRA.
A efeméride foi proposta pelo senador americano Gaylord Nelson, no dia 22 de Abril de 1970 e tem por finalidade "criar uma consciência comum aos problemas da contaminação, conservação da biodiversidade e outras preocupações ambientais para proteger a Terra".
O poema APOCALIPSE, é a minha modesta contribuição para uma reflexão sobre o maravilhoso mundo que habitamos, a beleza incomensurável da vida e nossa sublime destinação cósmica. Seríamos tão estúpidos a ponto de destruir a casa em que habitamos?
Sergio de Sersank , 22abr2012
 
Autor
Sergio de Sersank
 
Texto
Data
Leituras
1642
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.