Códigos e propinas
(Mauro Leal)
Caminhoneiros com destinos incertos
conduzem progresso entre ruinas, códigos e propinas
e vão se arrastando, se humilhando e se estendendo pelas rodovias que ultrapassam a linha do horizonte
com matérias primas e cargas que perecem e declinam competência diante dos códigos frios, arrumados, convencionados, repassados que cegam as câmeras da Lei e subormam e sonegam.
Sem confábulo ao "pé do ouvido" e nem a meio vidro,
as portas como código e que vão se abrindo,
e a apresentação sob tensão é dividida quando da abordagem
e no apurar das averiguações, "a nota" aponta,
e o condutor ao ser indagado, com firmeza e frieza, responde: é "minha", senhor:
e é enquadrado nos códigos da contra-mão, e a farsa em glória, encerra,
e com boa viagem, despedem, e as portas se fecham,
para adiante com drible no foco, voltarem aos sistema burlar.