Excrementos são nossas atitudes indigentes
Libertas do nosso eu para ocultar nossas falhas,
Hombridade e hipocrisia se talham
E tornam a existência algo assaz efervescente.
Na dieta paradoxal que alimenta nosso interior
Somos consumidores inveterados daquilo que nos convém,
Há estercos que enfermam e nos deixam aquém
Dos libidos salutares que nos proporcionam o amor.
Numa eutanásia íntima nosso pólen se cristaliza
E homicida os parasitas que nos fazem defecar a dor,
O néctar purifica a consciência e embalsamamos o rancor
A fim de que nos liberemos para o que nos confraterniza.
Se os espinhos já não ferem e a natureza não está morta,
Cabe a nós transmutar para o que realmente importa!