Faço uma reza, uma prece vil e equivocada,
malsinada e contrafeita, abjeta celebração,
com uma fé transversa, quase desatinada,
tresloucada em forma de suplica e oração.
Por isso peço ajuda, chamo em meu auxílio,
as tantas feéricas criaturas da escuridão,
que soturnas então saiam do remoto exílio,
que só elas aceitem essa minha indicação.
Em silêncio posso estar, mas determinado,
pelo sofrer leviano firmemente motivado,
sempre resoluto mesmo impudico e resolvido,
talvez um pouco comovido, mas decidido,
inconsequente, mas solene, suplico a proteção,
débil, quase em transe peço delas a atenção,
são fantásticas aparições sempre poderosas,
de muitas tribulações e energias prestigiosas.
Invoco os ignóbeis espíritos da discórdia,
e que não tenham a menor misericórdia.
Conjuro os sórdidos espíritos dos tormentos,
para que semeiem os mas odiosos sentimentos,
Suplico aos nefandos espíritos da injustiça,
que tomem seu lugar nesta infame liça,
Intercedo aos reles espíritos da desunião,
para que tragam cizânia e dissensão.
Demonstram todo firme poder que tem,
na ânsia de atormentar seres viventes,
mortais insensatos de almas cadentes,
que as cruéis torturas padecem e retêm
Pelos poderes que ora são invocados,
e promovem cada um a sua manifestação,
que o meu coração esqueça discrepado,
todo amor que tem desfaça-se dessa visão.
Transborde de maldade, de desprezo seja pleno,
deixe de ser aloucado, descuidado e ameno,
passe ele a agir delirante e estouvado,
tenha coragem de assumir, seja ousado,
mas de qualquer modo que seja, reste enfim,
que para sempre mantenha você longe de mim.
by ArysG@ioVani