Na mansidão da tarde esmorecida
pela luz do sol, que se vai escondendo
no horizonte, confundido com o infinito,
levo-me em pensamentos
que se perdem nos confins do tempo!
Olho-me e vejo-me na simplicidade de mim!
Sou apenas o tempo que resta
e quero viver nos sonhos do tamanho
Do meu querer,
sentir os cheiros que me rodeiam,
aspirar a brisa de primaveras imaginadas,
sorrir à lua, que me vigia altaneira,
E me cobre com o seu manto azulado
ponteado por pequenas luzes,
que das estrelas me trazem serenidade!
Abraçar em cada amigo a humanidade,
partilhar alegrias em cada alvorada,
Viver cada segundo como se fosse o último
e deixar-me sonhar na doce visão,
de um pôr de sol tropical.
José Carlos Moutinho