Quando vi-te pela vez primeira nesta terra estranha;
terra cheia de armadilha e artimanha
que nos tira o fôlego e do nosso corpo,todo o vigor;
sem saber,eu pisava um perigoso terreno;
atingido fui então pela tua flecha cheia de veneno;
um mortal veneno que se chama amor...
Ah!...quantas noites então tive eu,de sono ausência;
pois adentrou-me pelas retinas toda tua essência...
Conheci toda alegria de viver,por teu intermédio...
Tinhas a doçura(meu Deus)que a nada se iguala,
nos gestos,nos modos e na tua fala...
Me cercaste por inteiro num doce assédio...
Ah! minha linda índia;que sensação estranha
é pisar este terreno cheio de perigo e artimanha
e ao mesmo tempo,suave;por ti,a mim proposto:
cego;guiado sou por um perfume tão agradável;
tateando encontro a fonte para minha sede insaciável;
doce veneno que é provar da tua boca o gosto...
Índia,teus cabelos nos ombros caídos;vertigem
me causam,embrenhar-me nesta mata virgem;
um perigoso caminho;porém sedutor...
Índia mulher selvagem de quem a selva é o lar
deixa-me nesta tua terra viver e para sempre te dar
por toda minha vida,todo meu amor...