Armação ilimitada, não é humor
Brasília, centro de um tumor
Câncer político com recidiva
Dinheiro público na farra privada
Esquemas que burlam até pregões
Financia campanhas e maus feitos
Germina como células em metástases
Herdado, impera no lobby da vantagem
Imunitário, como vacina da cafajestagem
Jorra nos currais (domicílios?) eleitorais
Kubistchek jamais poderia imaginar, afinal
Lucio Costa ou Niemeyer na obra magistral
Mordomias e sodomias em pleno serrado central
No loteamento de cargos, com cinismo e despudor
Ócio remunerado de marajás nas três esferas
Política virou jogo de interesses de corporações
Queijo suíço fatiado dos recursos públicos
Roda alimentada pelo conformismo e manipulação
Sedimentada pela ignorância, baixa escolaridade
Todos querem é “se dar bem”,
O povo que ande no trem cheio
Urna pra te quero tão gordinha?
Pro lobo político sugar
Voto é um instrumento obrigatório,
Mas o mandato é vexatório
Xô aves de rapina das riquezas nacionais
Zoam e abusam de nossas consciências,
Já passou da hora de a gente acordar.
AjAraújo, o poeta humanista, escrito em 15-abr-2012, a propósito da rapinagem escancarada (e institucionalizada) que sangra os recursos públicos.