O dia está chuvoso, está turvo, é um dia que o corpo pede para ficar mais um pouco na cama, a chuva cai lá fora sem nenhuma preocupação é apenas a beleza da natureza entrando em ação.
Ao comtemplar tamanha beleza resolvi sentir de perto aquela emoção. Brincando e pulando como se fosse uma criança deixei que os pingos d'água escorresse pelo o meu corpo e logo veio o pensamento e o desejo de ter alguém comigo. Quando me virei, deparei-me com um deus grego absolutamente lindo a me olhar, a me observar sentindo o mesmo prazer que eu.
Os nossos olhos se encontraram, o desejo foi aumentando, a vontade louca de nos abraçarmos e beijarmos loucamente; foi amor a primeira vista.
O tempo passou, o dia foi clareando, a amizade foi se eternizando mas naquele momento mágico, não foi a amizade que eu senti foi um amor, uma paixão avassaladora que eu não queria que terminasse. Mas ele se foi sem nenhum adeus, nem seu nome eu sei dizer.
Entre gritos e soluços eu dizia: não vá! Fique! Mas não obtive nenhuma resposta. Acordei soluçando, com a garganta seca, um desejo incontido de um amor incompleto. Será que foi sonho ou pesadelo?
Mas o que eu não sabia e nem poderia imaginar era que ele havia sentido o mesmo mas prefiriu partir em silêncio me deixando só, com meus delírios.
Os dias foram passando, eu agora sonho acordada de um dia rever aquele deus grego que me deixou alucinada. Todos me chamam de louca por me apaixonar por um desconhecido, por um sonho que não foi realizado. Diante de tantas críticas resolvi procurar um médico, um Psicólogo, que pudesse me tirar daquele sonho delirante que não me deixava viver. Mas o destino nos prega cada peça, que nos faz duvidar até da nossa existência.
Chegando ao consultório médico, conversei com a recepcionista, uma senhora franzina, carrancuda, me apresentei, fiz a ficha, eu era a terceira a ser atendia. De repente o meu coração dispara descompassadamente, sem que eu soubesse a razão, as minhas pernas ficaram trêmulas, as mãos geladas, já estava para desistir quando ouvi uma voz chamar o meu nome. A quela voz... Eu reconheço aquela voz... É a voz do meu sonho!
Cambaleando sem sentir a firmeza das minhas pernas, abrir a porta e deparei-me com a paixão dos meus sonhos. Fiquei parada, extasiada, olhando aquele corpo viril, músculos firmes, delineados, boca bem feita digna de ser beijada, ele era mesmo um deus grego. O mesmo aconteceu com ele. Ele se lenvantou, veio o meu encontro, olhando para mim e disse: eu estava esperando por você. Pois vocè é o amor dos meus sonhos. Sem nada dizer, tomou-me em seus braços louco de paixão e desejo, e beijou-me demoradamente como se nunca tivesse beijado.
A sala, era um ambiente arejado, aconchegante, dava vazão a nossa imaginação, a nossa volúpia desejosa de terminar o que haviamos começado naquele dia chuvoso e muito lindo para ambos. Lembramos o dia em que nos conhecemos pelo sonho. A água batia nas árvores, as folhas verdejantes voavam com o vento formando um coração ao nosso redor aprovando o nosso sonho de paixão. O lugar era tão lindo, tão maravilhoso, cheio de flores parecia um paraiso. Tudo isso foi relembrado em apenas um minuto deixando aquela sala tão pequenina para o nosso ato de amor.
Izaura N. Soares
Izaura N. Soares