Pranteio trevas na madrugada sangrenta,
Sou um incrível vagabundo na apoteose da vida,
Desfilo minhas inconseqüências de forma desmedida
E me revelo no tufão mágico que meu eu enfrenta.
Transtornado pela glicose de um sangue virginal,
Sussurro labaredas que se espalham com a brisa
Dos ventos moleques que se soltam à guisa
De soprar areia para encobrir as veleidades do mal.
Nas encostas adjacentes dos vilarejos do mundo
Há bastardos devaneios que sempre vêm à tona,
Nos pensamentos disformes que a madrugada engoma
Revelam-se astúcias que me tornam cicerone e vagabundo.
O trânsito é bifurcado por um lato ideal homicida
Que serpenteia as veredas e os sonhos da própria vida!