O mundo perplexo prende-nos ao ensino
Até ao secundário em verso
O ser humano tem que lutar
Para deixar de ser menino
A luta configurada
Manda tudo ao ar
Há homens que nem por nada
Conseguem da boa matéria aproveitar
Concordo então, um novo incentivo
Estudar com a alma
Focar a coragem, o sentimento puro
Na vontade de ser grande
Para isso as palavras certas tem que ser ditas
O “coração” tem que ser acarinhado
Não se estuda as coisas pelo gosto
Estuda-se pelo carinho de um objectivo ao som da alma interessado
Não há pessoas sem futuro
Há pessoas sem conhecer o coração
Dar a alguém o sentir puro
De que contamos com eles não interessa o que depois farão
Já dizia o pessoa
“O sonho comanda a realidade”
O coração, o futuro
O corpo deriva como prisão ao obscuro querer do mundo
Para que é que se sente
Se se tem que estudar
Junta-se o orgulho a um coração deprimente
E se o sentimento prevalecer o corpo saberá como nos alegrar
Não é preciso choro mas força
Não é preciso desistência mas duplo objectivo
Se estudar fosse por si um incentivo
A diferença “burros” vs “espertos” seria acentuada
O que faz de um homem inteligente
Não deve ser só a razão
A mais pura e inconsciente esperteza
Começa sempre vinda do coração
Ai todo o homem cria mundos
Todo o homem diverge o seu saber
Para obras que ele próprio gosta
Ou para modalidades de inteligência que tem que conhecer
Não se faz do coração um homem
Para isso ele é auxiliado
Aquele ser que pela inteligência nunca é derrotado
Pode ter fraquezas que nunca pelo bem aparecem
Flávio Miguel Pereira, poeta
FPp (Flávio Pereira poeta)