“Entramos no elevador vazio, de mãos dadas, vamos para um canto e me olha com um sorriso. Respondo acariciando os cabelos, desço as mãos pelo colo e com o verso dos dedos faço um carinho tímido nos seios. Um toque de leve, mal roçando o nó dos dedos no biquinho sob a blusa. Mas responde com um espasmo gostoso. Fecha os olhos, levanta o queixo, respira fundo, segura o ar nos pulmões e depois solta, com um sussurro. Aproveito o sinal e a puxo para mim, já rodopiando para se encaixar de costas, de conchinha como você tanto gosta e jogando seu corpo para um canto, cobrindo com o meu. Já beijando de leve as orelhas, as mãos escorregam para a suas coxas, unindo-se no vértice delas, amassando o jeans. Praguejo nessa hora. Maldito jeans. Não poderia estar com um vestidinho de alcinha? Adoro quando usa vestidinhos de alcinha, aquele tecido leve, que me franqueiam os seios e as coxas e sequer tentam proteger a calcinha. Mais um gemido baixo. Aproximo-me com vontade. Suas nádegas estão encaixadas em mim e o membro já teso roça os recôncavos, numa fricção gostosa. Agarro com vontade seus peitos exuberantes. Um deles não serve só numa das minhas mãos e tenho que usar as duas para mimar o monte. Seguro por baixo com uma e a outra contempla a auréola.
Percebo que você joga os cabelos para trás e levanta o corpo, olhando para cima. Dá um pisão no meu pé e com o queixo aponta para a câmera de vigilância do elevador. Escapa de mim, ainda virada para uma parede, fora do alcance do espelho, levanta o sutiã, fecha os botões blusa, ajeita os cabelos. Mas não se afasta de vez, fica ao meu lado, mãos dadas, olhando disfarçadamente para a câmera, com carinha de safada e santa ao mesmo tempo. Aquele sorrisinho no canto da boca. E foi bem a tempo. O elevador para, e as portas ao se abrirem revelam o semblante austero de Dona Madalena, olhando para nós. Puxo você um pouco para frente para tentar tampar o volume do membro sob minhas calças, mas Dona Madalena, com seu olhar aquilino já havia ganhado a fita. Olhou para nós de alto a baixo enquanto passávamos por ela, em seguida olhou para a câmera e para o espelho, resmungou alguma coisa baixinha da qual e só entendi umas duas ou três palavras, assim como ” ... sem - vergonhices .... motel .....” , coisa assim.
Olhei para você que parecia estar procurando um buraco para se enfiar? Semicerrava os olhos e apertava os lábios, envergonhado da minha excitação ali escancarada. Achei melhor ficar calado, afinal podia piorar a situação. Mas, depois conclui que você não agiu sozinha, e que tinha que tomar uma atitude. Piscando discretamente para você, disse bem alto e em tom cavernoso, antes que as portas se fechassem de vez: - Dona Madalena! Toma cuidado que tem uma barata enorme ai dentro !
De arrebatada figura,
sou altivo, sou forte,
não carrego lutos e mágoas,
até um dia enganei a morte,
na sua faina de colher almas
e renasci.